quarta-feira, 10 de março de 2010

13º encontro (09/03/2010)

­ * Leitura da mensagem: “Deus está aqui...”
­ *Início dos trabalhos com o TP1
­ *Objetivos do TP1:
1. Trabalhar com textos que envolvam duas instituições muito importantes para a criança: escola e família;
2. A variação lingüística, a conceituação do texto e suas implicações no ensino-aprednizagem da língua e intertextualidade;
3. Revisão de certos dialetos, registros, norma culta, modalidades da língua, linguagem literária, paráfrase e paródia;
4. Criar consciência das variações da língua e seu uso, nas diversas situações de comunicação vividas pelos alunos.
Unidade 1: Variantes lingüísticas: dialetos e registros
Babel é aqui: todas as línguas do português
Para quem pensa que nhen-nhen-nhen é vocabulário da república tucana, uma informação: é expressão de uma das mais de 1000 línguas indígenas que havia no território brasileiro em 1500. Hoje restam apenas cerca de 180. Vem do verbo nhe´enga que significa “falar”. “Falar sem parar”. Essa e outras palavras já incorporadas ao nosso idioma somam-se a um sem número de vocábulos que repetimos no cotidiano sem nos dar conta de sua origem. Caipira vem do tupi kópira, o que carpe; minga´u, também do tupi, significa “papa” e já se referia ao alimento que hoje chamamos de mingau; Peteca vem do verbo petek, que nessa língua significa “bater com as mãos espalmadas”. Da língua indígena temos também Cumbuca, muamba, tapioca, e outras tantas.
Mas o nosso português de cada dia convive bem com palavras adotadas de línguas de vários países. Uma verdadeira Babel. Metrópole, baile, cemitério e outras que lembram a cidade, bíblia, apóstolo, batismo coisas da religião; democracia e metáfora, também herança dos gregos, caberiam na lista da educação.
Se um cavalheiro, comportado ou rebelde, posta-se a sua frente e a convida para dançar, cantarolando um trecho de um bolero, não se furte a essa façanha: ele deve ser um gentil filho de espanhóis.
Mas se o jovem, após um banquete, servido no camarim, com um cenário decorado com aquarelas ao som de um piano, surpreende-la com uma serenata, cantada por um dueto, ou um soprano, acompanhado por um violoncelo ou bandolin, certamente é um rapaz italiano.
Seu ancestral deve ser francês, se logo no primeiro encontro, depois de apreciarem o menu, chamar o chofer e levá-la do restaurante ao seu apartamento para namorarem à luz velada de um abajur. Se for um artista romântico pode querer levá-la ao seu ateliê. Nesse caso, a melhor pedida é irem de bicicleta, curtindo a brisa. Mas não se esqueça de levar um agasalho de tricô.
Se fosse alemão, provavelmente a convidaria para uma valsa. Se inglês ou americano, com certeza a levaria a um bar no shopping center, para comerem um sanduíche, um bife, ou então ao clube, para jogarem basquete ou futebol.
Nesse país de extensão continental, que tem como idioma oficial o português, originado do latim, a influência de outras línguas não é facilmente constatada: dos bascos temos esquerdo, gorro, bacalhau... Dos celtas, légua, caminho, brio, carpinteiro... Dos germânicos: faísca, bando, espeto, rico, bandeira, norte, guerra... Dos árabes: azeite, açúcar, algodão, algema, arroz, almofada, café, zero, açougue, alfinete... Dos chineses: leque, chá... Dos africanos: samba, moleque, marimbondo, bagunça, quilombo, minhoca, camundongo, cafuné, jiló, macumba, acarajé, batuque, dentre outras tantas.
O paraíso vem da Pérsia e com ele o divã, a jangada e o bule vêm da Malásia, o sábado e a aleluia chegaram a nós pelos hebreus, o pagode e o jambo do sânscrito, o biombo e o quimono são heranças do Japão e a vodka vem da Rússia.
Muitas outras palavras se juntam nessa torre, entre tantas outras que se criam e se transformam diariamente, porque afinal a língua é um organismo vivo e como outros seres todos os dias se altera.
RIBEIRO, Ormezinda Maria. Minha Pátria é minha língua II: Babel é aqui: todas as línguas do português. In: Jornal Cidade Livre. Uberaba. Ano III, nº 1164, 19-09-2006, p. 02.
Assim, a língua não se apresenta uniforme e única: ela apresenta variações, conforme os grupos que a usem. Cada uma das variantes da língua usada por um grupo apresenta regularidades, recursos normais para aquele grupo, e chama-se dialeto. Essas considerações nos levam a rever nossa atuação como professores de Língua Portuguesa. Em sala de aula, é fundamental criar oportunidades para que os alunos trabalhem textos que exemplifiquem diversas situações de comunicação, em que dialetos e registros diferentes se apresentem para a sua reflexão e discussão e como ponto de partida para a produção de textos igualmente diversificados. Esse é, afinal, o objetivo maior do ensino da língua: desenvolver no sujeito a competência para a leitura e produção de textos
Os principais dialetos são: o etário (da criança, do jovem e do adulto); o geográfico, ou regional; o de gênero (feminino e masculino) ; o social (popular e culto); o profissional.
Os dialetos são equivalentes do ponto de vista lingüístico: nenhum é melhor do que outro. Cada um cumpre perfeitamente suas funções comunicativas, no âmbito em que é usado. Considerar um superior a outro é um preconceito sem fundamento.
O idioleto é o conjunto de marcas pessoais da língua de cada indivíduo, como resultante do cruzamento dos vários dialetos (etário, regional, profissional, de gênero, social) que constituem a sua fala..
­ Que tipos de dialetos encontramos em São Sebastião do Caí?
­ Em nossas escolas?
­ Como podemos aproveitar isso em nossa sala de aula?
­ Leitura do TP nas páginas 44 a 47
­ Atividade: página: 20, texto “Ciúmes”...atividade para os alunos: Avançando na prática, página 23.
Unidade 2: Variantes lingüísticos: desfazendo equívocos
Esta unidade busca aprofundar nosso conhecimento e discussões sobre pontos polêmicos, no estudo da língua: a norma culta, a linguagem literária e as modalidades da língua: oral e escrita.
Seção 1:A norma culta
Leitura das páginas 58, 59 e 60. Atividade boa para ser feita com os alunos é a leitura do texto:”Por que seus pais estão se divorciando”
Seção 2: o texto literário
­ Ver: “Chico o orador da turma”, e a charge: “O orador de direito”
O texto literário, em qualquer gênero, caracteriza-se pela possibilidade de usar qualquer dialeto e qualquer registro, em função das intenções do autor. E, em qualquer deles, ainda é pode infringir regras. É por isso que, sempre que abordamos um dado da literatura,, fazemos uma ressalva: embora,a não ser que, pode ser que....A arte está sempre “inventando moda”, surpreendendo-nos. Determinado texto pode até usar a língua padrão, mas isso não vai ocorrer porque se trata de “seguir” o padrão (...) mas,porque, no contexto da obra, o que cabe é, eventualmente, a língua padrão.
Seção 3: Modalidades da língua
A oralidade e a escrita são as duas modalidades da língua. A oral é nossa língua natural. A escrita é uma modalidade artificial da língua, pois não nascemos sabendo escrever (p.77) Leitura p. 81, 82 e 83. Escolher uma atividade oral a ser desenvolvida e fazer o avançando na prática, p.86.
­ Leitura do resumindo p. 87.
­ Tema: atividade 5, da página 66. Colocar no portfólio e fazer a leitura das unidades 3 e 4 anotando os pontos principais de cada unidade. Começaremos nosso próximo encontro com discussões baseadas nas anotações.
­ Vídeo: “Línguas em Português”
­ Próximo encontro: A combinar...









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