segunda-feira, 29 de março de 2010

Biografia


Meu nome é Joseane Rosa Rockenbach, nasci em 2 de julho de 1980, às 10 horas da manhã, em São Sebastião do Caí. Minha mãe conta que era um dia muito frio e que quando eles saíram do hospital, tiveram que jogar água no vidro do carro...
Os relatos da minha infância são bem assustadores, pois meus pais contam que eu era muito peralta, e que as pessoas que recebiam nossa visita trancavam todas as portas, já que eu adorava mexer em tudo, principalmente nas maquiagens.
Com sete anos, entrei para a 1ª série, da Escola Municipal de Ensino Fundamental São Luiz, na qual eu estudei até a 5ª série, foi ali que não tive muito contato com leitura; não culpo as professoras, acredito que elas apenas não estavam bem preparadas e também a época não colaborava muito.
Em 1992 fui cursar a 6ª, 7ª e 8ª séries na Escola Estadual de Ensino Fundamental Pio Xii. Esta que seria a escola onde, além de estudar, mais tarde eu voltaria como professora de Língua Portuguesa.
Já o Ensino Médio, cursei em São Sebastião do Caí, do ano de 1995 até 1999, sendo o Magistério, na Escola Estadual Paulo Freire. Foi nesta escola que comecei a ter mais contato com a leitura e com o verdadeiro sentido de ler.
Ao terminar o magistério, ingressei na faculdade em São Leopoldo, na Unisinos. Fiquei lá por seis anos. Foi um período muito importante pra mim, de crescimento e de aprendizagem. Sendo minha formatura um momento de extrema emoção.
Em 2006, comecei o curso de Leitura e Produção Textual, no Unilasalle, em Canoas. Foi muito bom poder confirmar tudo o que aprendi durante minha licenciatura de forma mais aprofundada.
Em meio a tudo isso, conheci meu noivo, Fernando e só consegui seguir em frente com a ajuda da minha família, meus pais Sônia e Ricardo e minha irmã, Daiane.
Hoje, trabalho com Língua Portuguesa, com as séries finais do Ensino Fundamental e passo aos meus alunos a verdadeira imagens dos livros, ou seja, como podemos viajar e nos emocionar com as histórias de vida de outras pessoas.

Memorial...



Lembrar dos momentos de leitura que tive quando criança me deixa um pouco frustrada...
Foram poucos os momentos em que visitei a biblioteca da minha escola ou então, que alguma professora contasse ou lesse alguma história, ou seja, a lembrança do meu contato com livros na Educação Infantil e durante o Ensino Fundamental quase não existiu.
Em casa, como meu pai viajava e minha mãe era dona de casa, eles não tinham o costume de ler livros, apenas jornais locais e isso, era muito raramente...
Foi mesmo no Ensino Médio que passei a ter um contato maior com livros e com outros meios de comunicação. Por incrível que pareça, foi uma professora de Português que me obrigou a ler, tínhamos que ler, no mínimo, três livros por trimestre, tanto em Português, quanto em Literatura.
O mais interessante, era que podíamos ler apenas autores gaúchos. Que forma mais trágica de ter os primeiros contatos com a Leitura...Mas foi bem o contrário... me apaixonei pelos livros, conheci melhor os gibis e, principalmente, fiquei louca por livros de romance, como Júlia, Sabrina e Bianca... devorava esse tipo de leitura; foi tão interessante, que até minha mãe queria saber o que tanto eu lia...
Com o tempo, aquele tipo de leitura começou a me cansar...e parti para uma leitura mais significativa. Com a ajuda da minha professora, comecei a ler muito os autores gaúchos e ficava muito surpresa quando lia sobre as minhas cidades vizinhas,..
Com isso, foi inevitável não seguir a formação...nem pensei duas vezes em fazer faculdade de Letras.
Lá, recebíamos listas de livros que deveriam ser lidos por semana, para que a professora explanasse sobre eles na aula. Eu adorava as sugestões, mesmo trabalhando durante 55 horas por semana, conseguia ler todos eles.
Claro que nessa época, já estava dando aula e fazendo com que meus alunos também se apaixonassem pela leitura, pois não queria que eles passassem pelo que eu passei.
Sei que minha história é meio estranha, mas foi assim que, em minha casa, os livros começaram a aparecer, os jornais tiveram mais importância e que vi minha família envolver-se com a leitura.
Sei que por mais que minhas aulas sejam diversificadas, o que marca mesmo, são minhas aulas de leitura e nossas atividades dinâmicas sobre os livros.

Joseane Rosa Rockenbach
São Sebastião do Caí- RS


quarta-feira, 10 de março de 2010

13º encontro (09/03/2010)

­ * Leitura da mensagem: “Deus está aqui...”
­ *Início dos trabalhos com o TP1
­ *Objetivos do TP1:
1. Trabalhar com textos que envolvam duas instituições muito importantes para a criança: escola e família;
2. A variação lingüística, a conceituação do texto e suas implicações no ensino-aprednizagem da língua e intertextualidade;
3. Revisão de certos dialetos, registros, norma culta, modalidades da língua, linguagem literária, paráfrase e paródia;
4. Criar consciência das variações da língua e seu uso, nas diversas situações de comunicação vividas pelos alunos.
Unidade 1: Variantes lingüísticas: dialetos e registros
Babel é aqui: todas as línguas do português
Para quem pensa que nhen-nhen-nhen é vocabulário da república tucana, uma informação: é expressão de uma das mais de 1000 línguas indígenas que havia no território brasileiro em 1500. Hoje restam apenas cerca de 180. Vem do verbo nhe´enga que significa “falar”. “Falar sem parar”. Essa e outras palavras já incorporadas ao nosso idioma somam-se a um sem número de vocábulos que repetimos no cotidiano sem nos dar conta de sua origem. Caipira vem do tupi kópira, o que carpe; minga´u, também do tupi, significa “papa” e já se referia ao alimento que hoje chamamos de mingau; Peteca vem do verbo petek, que nessa língua significa “bater com as mãos espalmadas”. Da língua indígena temos também Cumbuca, muamba, tapioca, e outras tantas.
Mas o nosso português de cada dia convive bem com palavras adotadas de línguas de vários países. Uma verdadeira Babel. Metrópole, baile, cemitério e outras que lembram a cidade, bíblia, apóstolo, batismo coisas da religião; democracia e metáfora, também herança dos gregos, caberiam na lista da educação.
Se um cavalheiro, comportado ou rebelde, posta-se a sua frente e a convida para dançar, cantarolando um trecho de um bolero, não se furte a essa façanha: ele deve ser um gentil filho de espanhóis.
Mas se o jovem, após um banquete, servido no camarim, com um cenário decorado com aquarelas ao som de um piano, surpreende-la com uma serenata, cantada por um dueto, ou um soprano, acompanhado por um violoncelo ou bandolin, certamente é um rapaz italiano.
Seu ancestral deve ser francês, se logo no primeiro encontro, depois de apreciarem o menu, chamar o chofer e levá-la do restaurante ao seu apartamento para namorarem à luz velada de um abajur. Se for um artista romântico pode querer levá-la ao seu ateliê. Nesse caso, a melhor pedida é irem de bicicleta, curtindo a brisa. Mas não se esqueça de levar um agasalho de tricô.
Se fosse alemão, provavelmente a convidaria para uma valsa. Se inglês ou americano, com certeza a levaria a um bar no shopping center, para comerem um sanduíche, um bife, ou então ao clube, para jogarem basquete ou futebol.
Nesse país de extensão continental, que tem como idioma oficial o português, originado do latim, a influência de outras línguas não é facilmente constatada: dos bascos temos esquerdo, gorro, bacalhau... Dos celtas, légua, caminho, brio, carpinteiro... Dos germânicos: faísca, bando, espeto, rico, bandeira, norte, guerra... Dos árabes: azeite, açúcar, algodão, algema, arroz, almofada, café, zero, açougue, alfinete... Dos chineses: leque, chá... Dos africanos: samba, moleque, marimbondo, bagunça, quilombo, minhoca, camundongo, cafuné, jiló, macumba, acarajé, batuque, dentre outras tantas.
O paraíso vem da Pérsia e com ele o divã, a jangada e o bule vêm da Malásia, o sábado e a aleluia chegaram a nós pelos hebreus, o pagode e o jambo do sânscrito, o biombo e o quimono são heranças do Japão e a vodka vem da Rússia.
Muitas outras palavras se juntam nessa torre, entre tantas outras que se criam e se transformam diariamente, porque afinal a língua é um organismo vivo e como outros seres todos os dias se altera.
RIBEIRO, Ormezinda Maria. Minha Pátria é minha língua II: Babel é aqui: todas as línguas do português. In: Jornal Cidade Livre. Uberaba. Ano III, nº 1164, 19-09-2006, p. 02.
Assim, a língua não se apresenta uniforme e única: ela apresenta variações, conforme os grupos que a usem. Cada uma das variantes da língua usada por um grupo apresenta regularidades, recursos normais para aquele grupo, e chama-se dialeto. Essas considerações nos levam a rever nossa atuação como professores de Língua Portuguesa. Em sala de aula, é fundamental criar oportunidades para que os alunos trabalhem textos que exemplifiquem diversas situações de comunicação, em que dialetos e registros diferentes se apresentem para a sua reflexão e discussão e como ponto de partida para a produção de textos igualmente diversificados. Esse é, afinal, o objetivo maior do ensino da língua: desenvolver no sujeito a competência para a leitura e produção de textos
Os principais dialetos são: o etário (da criança, do jovem e do adulto); o geográfico, ou regional; o de gênero (feminino e masculino) ; o social (popular e culto); o profissional.
Os dialetos são equivalentes do ponto de vista lingüístico: nenhum é melhor do que outro. Cada um cumpre perfeitamente suas funções comunicativas, no âmbito em que é usado. Considerar um superior a outro é um preconceito sem fundamento.
O idioleto é o conjunto de marcas pessoais da língua de cada indivíduo, como resultante do cruzamento dos vários dialetos (etário, regional, profissional, de gênero, social) que constituem a sua fala..
­ Que tipos de dialetos encontramos em São Sebastião do Caí?
­ Em nossas escolas?
­ Como podemos aproveitar isso em nossa sala de aula?
­ Leitura do TP nas páginas 44 a 47
­ Atividade: página: 20, texto “Ciúmes”...atividade para os alunos: Avançando na prática, página 23.
Unidade 2: Variantes lingüísticos: desfazendo equívocos
Esta unidade busca aprofundar nosso conhecimento e discussões sobre pontos polêmicos, no estudo da língua: a norma culta, a linguagem literária e as modalidades da língua: oral e escrita.
Seção 1:A norma culta
Leitura das páginas 58, 59 e 60. Atividade boa para ser feita com os alunos é a leitura do texto:”Por que seus pais estão se divorciando”
Seção 2: o texto literário
­ Ver: “Chico o orador da turma”, e a charge: “O orador de direito”
O texto literário, em qualquer gênero, caracteriza-se pela possibilidade de usar qualquer dialeto e qualquer registro, em função das intenções do autor. E, em qualquer deles, ainda é pode infringir regras. É por isso que, sempre que abordamos um dado da literatura,, fazemos uma ressalva: embora,a não ser que, pode ser que....A arte está sempre “inventando moda”, surpreendendo-nos. Determinado texto pode até usar a língua padrão, mas isso não vai ocorrer porque se trata de “seguir” o padrão (...) mas,porque, no contexto da obra, o que cabe é, eventualmente, a língua padrão.
Seção 3: Modalidades da língua
A oralidade e a escrita são as duas modalidades da língua. A oral é nossa língua natural. A escrita é uma modalidade artificial da língua, pois não nascemos sabendo escrever (p.77) Leitura p. 81, 82 e 83. Escolher uma atividade oral a ser desenvolvida e fazer o avançando na prática, p.86.
­ Leitura do resumindo p. 87.
­ Tema: atividade 5, da página 66. Colocar no portfólio e fazer a leitura das unidades 3 e 4 anotando os pontos principais de cada unidade. Começaremos nosso próximo encontro com discussões baseadas nas anotações.
­ Vídeo: “Línguas em Português”
­ Próximo encontro: A combinar...